Carnaval 2022 e os desafios com a pandemia

Carnaval 2022 e os desafios de mais um carnaval pandêmico

Carnaval é sinônimo de festa, folia, alegria, confetes, glitter, escola de samba, frevo, marchinhas. Todos esses elementos nos levam diretamente a um passado não tão distante, antes da pandemia do coronavírus, quando a folia era liberada.

O carnaval 2022 acontecerá em um cenário de restrições pandêmicas, assim como aconteceu no período festivo de 2021, em um contexto de isolamento social que já completa dois anos de duração.

Apesar do avanço das vacinas e dos medicamentos eficazes contra a Covid-19, a possibilidade de novas variantes faz com que os cuidados sejam mantidos, e redobrados, especialmente diante de uma festividade em que a aglomeração de pessoas é uma das suas principais características. Além disso, há uma parcela da população não vacinada, seja por não ter chegado a vez na fila da vacina, como é o caso de algumas crianças, ou por negacionismo, o que aumenta desnecessariamente o risco de disseminação do vírus.

Considerado um dos momentos mais esperados do ano, época de bastante descontração entre amigos e familiares, ou a ocasião ideal para viajar e conhecer as culturas espalhadas por este país continental, o carnaval está mais uma vez cercado de incertezas.

Os reflexos de mais um ano pandêmico, ainda mais sem os festejos do carnaval, já podem ser notados na condição da saúde mental dos brasileiros. Em grande parte, isso se deve ao estresse do isolamento, uma das causas da recente epidemia de burnout.

Sustentabilidade financeira e ambiental

Porém, nem só de diversão é feito um carnaval. A festa movimenta anualmente bilhões de reais na economia brasileira e emprega milhares de pessoas, ainda que temporariamente. O impacto econômico de um não-carnaval nas finanças dos brasileiros e dos governos estaduais atinge, portanto, proporções significativas. Mitigar os prejuízos sentidos no bolso dos trabalhadores que fazem parte dos bastidores carnavalescos tem sido o grande desafio dos governantes nos últimos dois anos, muito por conta dos prejuízos sofridos pelo turismo.

Por outro lado, os impactos ambientais causados por um carnaval no período pré-pandemia eram alarmantes, e este momento de pausa traz uma importante ponderação sobre o assunto. Em festividades passadas, toneladas de resíduos, principalmente plásticos, ficavam nas ruas por onde os blocos e festas passavam.

Além disso, em um período de grande produção residual, dificilmente há uma separação adequada dos lixos para a reciclagem. O destino, então, termina sendo o mar. O não-carnaval em 2022 chega convidando a reflexões necessárias e urgentes sobre os futuros carnavais, e o que será deixado de aprendizado e inspiração para as próximas gerações.

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