Trabalhar uma comunicação inclusiva envolve considerar formatos e recursos para que todos possam ter acesso à informação, considerando uma diversidade de pessoas com e sem deficiência.
Por Natália Romana, da Equipe Alter
Com o conceito de “seguir em frente”, a abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio enfatizou a crença na capacidade humana de vencer desafios e adversidades e cobrou medidas efetivas e globais em torno da inclusão. Afinal de contas, 24% da população nacional, o que corresponde a cerca de 46 milhões de brasileiros, têm algum tipo de deficiência.
Esse número tão expressivo nos traz à reflexão: Como alcançar essas pessoas? Como a comunicação inclusiva influencia na vida de quase um quarto dos brasileiros?
Que tal começar pelo ambiente digital? As redes sociais reúnem milhões em busca de interação e os portais de informação apresentam conteúdos diários para nichos cada vez mais específicos. Em sua grande maioria, apresentados na forma de textos, fotos, áudios ou vídeos.
Existem diferentes formas de acessibilidade, uma delas é a comunicacional, que por meio de serviços específicos (como, por exemplo: legendas, audiodescrição, dublagem, impressão em braile e intérprete de libras) pretende garantir o acesso aos conteúdos para todas as pessoas.
Vamos arregaçar as mangas e começar a inclusão? Trouxemos aqui 3 dicas para te ajudar nessa importante missão:
- Use e abuse da descrição de imagens
Se quisermos impactar as mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual espalhadas pelo Brasil, as imagens precisam de descrição. Detalhe as imagens da forma mais clara possível. O ideal é obedecer a algumas regras:
- Não inicie as descrições com “imagem de…”;
- Seja sucinto na descrição;
- Dispense a descrição de imagens apenas decorativas;
Ah, não vale se o texto alternativo for o mesmo da legenda, hein!
- Utilize hashtags
Com a criação da #PraCegoVer e #PraTodosVerem, as hashtags adquiriram uma função de inclusão. Além de serem um incentivo para a adoção de uma comunicação inclusiva, todos aqueles que precisam podem encontrar, nas hashtags, conteúdos organizados e que serão descritos. Elas são uma forma de organizar e catalogar conteúdo pelas redes sociais.
3 – Habilite a legenda nos seus vídeos
O YouTube tem uma opção de legenda automática, basta você sinalizar em qual idioma está o seu vídeo ao postá-lo, que ela será gerada quando o usuário a habilitar.
Esporte, moda, política, comportamento … seja qual for o tema, todos temos direito ao acesso à informação de forma igualitária. Promover uma comunicação inclusiva é garantir lugares de fala e oportunidades para todos dialogarem. É promover e conscientizar sobre diversidade.
Os desafios são muitos e ainda existe um longo caminho a ser percorrido em busca de maior acessibilidade. Enquanto isso, faça sua parte. Garanta que sua mensagem seja entregue a todos.